Que Portugal é este?

É a pergunta que me atormenta depois de mais um jogo (???) da nossa selecção.
Se a atitude e exibição, apesar da frustrante e marcante derrota, frente à Dinamarca foi praticamente aplaudida pela generalidade dos Órgãos de Comunicação Social e pelos Portugueses dai para cá a produção doi diminuindo de forma confrangedora. Todavia é certo, e nunca o pensei dizer, Scolari podia ser muita coisa, mas não perdia aquele jogo. As suas opções podiam ser olhadas de lado, mas existia vontade de vencer.
Scolari e Trapatoni trouxeram a Portugal um futebol sobretudo pragmático, sem rendilhados bonitos mas com resultados e isso é o que importa: Resultados.
Frente à Suécia, uma equipa sem rumo, sem líder, e sem sobretudo atitude, em que as queixas sobre um penalty foram a nota dominante, salvou-se o empate.
Hoje, em Braga, frente a uma simpática Albânia mais um empate e uma horrível exibição.
Apesar de ser muito fácil falar depois da vindima feita, hoje Portugal começou a empatar no escalonamento da equipa.
É com profunda confusão que vejo Antunes, defesa-esquerdo, sentado no banco.
Jogou contra as Ilhas Faróe e Malta, voltando ao banco contra a Suécia e no jogo de hoje. Pergunto-me se temos dificuldades no lado esquerdo a nível defensivo, temos um homem, novo, porque razão não o colocamos a jogar? É que de certeza absoluta que ele não vai ganhar rotinas, experiência, a ver os outros a jogar!
De seguida olho para o meio-campo, Manuel Fernandes, João Moutinho, Raul Meireles. Todos bons jogadores, mas todos demasiado parecidos entre si.
Mas porque não deixar o Manuel Fernandes no banco e apostar no Nani?
Relativamente ao Cristiano Ronaldo porque não o banco?
Qualquer um já percebeu que o estado de forma não é o melhor. E torna-se patético todo o jogo ter de passar por ele. Só não é patético para o treinador adversário que até prefere assim.
Também qualquer um já percebeu que a fama subiu-lhe e muito à cabeça, que a arrogância permance(veja-se as reclamações contra os adeptos de portugal no jogo de hoje ou relembre-se as notícias da novela Real Madrid, e as respostas e o modo como as dava, da época da recuperação da lesão em Lisboa).
A ida para o banco também nos permitiria descansar um pouco dos rituais pré-marcação-de-livre!
Por último a não comparência de ninguém (treinador/jogador) no momento de reportagem no fim do jogo diz muito.

Depois deste empate agora todos os jogos implicam uma vitória e mesmo assim talvez a máquina de calcular volte a fazer parte da nossa história.