Este fim-de-semana participei numa convenção autárquica. Objectivos? Preparar as eleições autárquicas em 2009. Uma discussão morna em que se discutiram quais as medidas a tomar, entre outras coisas.
No final, enquanto lanchávamos, tive mais uma vez a oportunidade de apreciar os dotes oratórios de um senhor de seu nome Armando Fernandes. Um jovem dizia: “é preciso as pessoas sentirem a nossa presença e fazer com que elas passem para o nosso lado”. Todos concordaram que era necessário fazer isso. Foi nessa altura que Armando Fernandes se levantou e disse: “isso é tudo muito bonito de dizer, mas a questão é saber como é que isso se faz? Por acaso o jovem pode-me dizer?”. O jovem bem tentou mas os seus esforços foram em vão. Faltava ao jovem o que ele tinha a mais, experiência de vida e política. Mas Armando Fernandes foi mais longe. Encheu meio copo com coca-cola e perguntou “o jovem tem duas pessoas, uma diz que o copo está meio cheio, a outra que ele está meio vazio. Mas você precisa dos dois votos. O que faz? Como os convence aos dois?”. Mais uma vez todos ficaram em silêncio e ninguém conseguiu arranjar uma solução em que se conseguisse angariar os dois votos. No final, Armando Fernandes tomou a palavra e disse: “temos que fazer com que as pessoas se desinteressem pelo facto do copo estar meio cheio ou meio vazio. Temos é que mostrar às pessoas o que conseguimos fazer com o líquido que está no copo. Temos de mostrar que com esse liquido conseguimos fazer muito mais e melhor que os nossos adversários”. Brilhante. Este homem tem defeitos, tal como todos temos, mas em termos de pensamento é algo fora de comum. Nos minutos seguintes ouvi-o falar de muitas das coisas que ouvi durante o primeiro semestre do mestrado. Falou de paradoxos, das massas, de Gustav Le Bom, de estética e muito mais. Como já disse, absolutamente brilhante.
No final, enquanto lanchávamos, tive mais uma vez a oportunidade de apreciar os dotes oratórios de um senhor de seu nome Armando Fernandes. Um jovem dizia: “é preciso as pessoas sentirem a nossa presença e fazer com que elas passem para o nosso lado”. Todos concordaram que era necessário fazer isso. Foi nessa altura que Armando Fernandes se levantou e disse: “isso é tudo muito bonito de dizer, mas a questão é saber como é que isso se faz? Por acaso o jovem pode-me dizer?”. O jovem bem tentou mas os seus esforços foram em vão. Faltava ao jovem o que ele tinha a mais, experiência de vida e política. Mas Armando Fernandes foi mais longe. Encheu meio copo com coca-cola e perguntou “o jovem tem duas pessoas, uma diz que o copo está meio cheio, a outra que ele está meio vazio. Mas você precisa dos dois votos. O que faz? Como os convence aos dois?”. Mais uma vez todos ficaram em silêncio e ninguém conseguiu arranjar uma solução em que se conseguisse angariar os dois votos. No final, Armando Fernandes tomou a palavra e disse: “temos que fazer com que as pessoas se desinteressem pelo facto do copo estar meio cheio ou meio vazio. Temos é que mostrar às pessoas o que conseguimos fazer com o líquido que está no copo. Temos de mostrar que com esse liquido conseguimos fazer muito mais e melhor que os nossos adversários”. Brilhante. Este homem tem defeitos, tal como todos temos, mas em termos de pensamento é algo fora de comum. Nos minutos seguintes ouvi-o falar de muitas das coisas que ouvi durante o primeiro semestre do mestrado. Falou de paradoxos, das massas, de Gustav Le Bom, de estética e muito mais. Como já disse, absolutamente brilhante.
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